Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.


Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

As portas de Belomonte

Os afazeres da semana só agora me deram uma folga para partilhar alguns desenhos feitos no passado Sábado, durante o encontro dos PoSk que teve como tema as desenháveis portas que existem em quantidade e variedade na muito antiga rua de Belomonte, bem no centro histórico Portuense.

Algumas das ditas portas, que na verdade foram apenas o pretexto, pois não faltava o que desenhar nesta artéria e circundantes.

Duas concentradíssimas trabalhadoras.

Pormenores que vale sempre a pena registar.

Após o almoço, visita à igreja de São João Novo. Um apontamento do belo órgão de tubos, numa altura em que a luz da tarde já não facilitava a tarefa.

Com a luz do dia prestes a despedir-se, uma frente de trabalho ainda bastante activa.

Exposição "Ervas espontâneas na cidade"


Resultado dos desenhos aqui publicados em Maio e Junho, numa parceria Quercus/Urban Sketchers Portugal, a exposição colectiva abre no próximo dia 6 de Dezembro pelas 18h30. Estão todos convidados.

Actualização:Sendo exposição itinerante, depois de ter passado pela Junta de Freguesia de São Vicente, de 31/01 a 12/02/2018, irá estar patente no Centro Cultural de Carnide (Rua do Cávado, 3 - Bairro Padre Cruz).




 
 

TAU, também para mim!

A descrição do João Santos é certeira. Olhar à volta, escolher a presa e tau, desenhá-la. Por vezes, no fim, gosto de ir mostrar. Mas só quando há tempo,  quando as pessoas têm  um ar simpático, ou quando são  velhotes ávidos de dois dedos de atenção. Noutras vezes, como neste desenho, nada disso acontece. 
12 minutos é o tempo de secagem das máquinas das lavandarias. 
12 minutos para fazer um desenho, com o supremo desafio de que a pessoa não se aperceba de que está a ser desenhada. Todos sabemos os truques: toca de semicerrar os olhos, olhar atentamente para o que está em redor, fingir um genuíno interesse, neste caso, pelas máquinas de lavar. 
Ah, mas, em tão pouco tempo o desenho  não vai ficar bem! Paciência, faz-se na mesma!
E é assim, desenho a desenho, página a página, que guardamos a vida das cidades nos nossos cadernos que, talvez um dia,  venham a ser  testemunhos reais dos hábitos e dos costumes da nossa sociedade. Isso não é um desafio incrível?



quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Comprar o passe

Na estação de metro do Campo Grande também costumam estar alvos fáceis. Era uma fila enorme à espera para comprar o passe. Sentámo-nos ao pé. Cada um tinha que fazer umas 3 ou 4 pessoas. Curiosamente na fila havia um rapaz que também estava a desenhar.


Alvos fáceis

O urban sketcher, sobretudo quando desenha gente, é de certa forma um snipper sketcher, no sentido em que quando avista um cidadão mais relaxado e desatento... tau, espeta-lhe com um olhar penetrante. E os pobres diabos, sem talvez nunca virem a saber, andam por aí nos cadernos de desconhecidos.

Aqui ficam dois alvos fáceis, uma senhora aborrecida e cansada da espera no Centro de Saúde de Alvalade, e um senhor que calmamente lia o seu jornal no quiosque na Praça de Londres. Assim que os vi e percebi que eram gente num estado pouco dado a movimentações, tau!



ainda Bombarral

Infelizmente, por razões de força maior, não pude participar no excelente encontro organizado pelos Oeste Sketchers, no Bombarral.


Por sorte, participei na organização do evento e uns dias antes desloquei-me ao Bombarral para fazer o reconhecimento dos locais a desenhar. Aproveitei para fazer uns rabiscos. Ainda bem que os fiz, no entanto fica o sabor amargo de não ter podido participar no dia do encontro: amigos, desenho, churrasco e castanhas. Que encontro!!!!

Após alguns contratempos, aqui estou eu para partilhar os meus desenhos, mas sobretudo dar meus parabéns e agradecer a todos os participantes, à organização (Ana, Pedro e Bruno) e à Câmara Municipal do Bombarral. Foram todos inexcedíveis.

1ª paragem, Casa Abel Pereira da Fonseca.



2ª Paragem, Museu Municipal


3ª Paragem, Junta de Freguesia


4ª Paragem, Igreja




Urban Glass

Não há só vidros soprados. Há também vidros moldados e outros.
Na oficina dos moldes há duas partes: uma que envolve sacos de gesso, água panelas, mixers, estruturas mais ou menos complexas, serras e mais sei lá o quê, por entre o barulho dos aspiradores.




























A outra parte da oficina é um sossego. Mais escura e quase desabitada, é onde se cozem os moldes. Tem uma quantidade de muflas, cada uma com sua especialidade, e muitos temporizadores que toda a pasta terá de ficar al dente.

Prédio Gaveto


Na esquina da Defensores de Chaves com a Visconde Valmor, foi com este prédio do Sec. XXI, totalmente forrado a pedra e que é da autoria do Arq. Alberto Oliveira, que terminamos o périplo de desenho pelas Avenidas Novas que havia começado com o mais antigo da zona (Palácio Galveias).

Lisboa que vai mudando V


Na minha descida pela Rua de São José, avanço umas casas e desenho o número 100. Queria conhecer a dona da mercearia "Festival dos sabores do Lima", que foi uma das lojas referenciadas num artigo do jornal O Corvo, sobre esta rua de Lisboa. 
Havia desenhado o edifício uns dias antes e hoje passei por lá a mostrar o resultado. Ela adorou e pediu-me logo uma cópia do desenho. Quando me havia visto a desenhar na rua, pensava que eu era um funcionário da Câmara.
A conversa foi agradável e contou-me de mais uma frutaria, mais acima, que vai fechar nos próximos tempos. Já trabalha ali desde os 11 anos e conheceu muitos dos que deixaram os seus negócios. Por enquanto vai resistindo.

Lisboa em obras


Mais um desenho de Lisboa em obras, novamente na Praça da Figueira (ja deve ser o 5º que faço desta praça em obras) e acho que vou começar a desenhar tudo o que são tapumes nos próximos tempos.

Sé de Elvas

Desenhando com luz a Sé de Elvas


Vamos Desenhar com Celeste Vaz Ferreira


Igreja Santa Isabel Campo do Ourique


Évora, com tempo


    Dois dias inteirinhos só para desenhar, sozinho, em Évora. Mais desenhos aqui aqui

Hora de ponta no Metro

Mesmo na hora de ponta o pessoal não prescinde de olhar para o telemóvel


Lisboa Makeup School

No último fim-de-semana, as alunas da Lisboa Makeup School tiveram o exame final de curso. Nove raparigas talentosas guiadas pelo excelente maquilhador Miguel Molena, passaram todo o Domingo a trabalhar para a sua entrada no mundo da maquilhagem, numa cava de um edifício na Avenida da Liberdade.



A Blu Models forneceu os modelos femininos, uma para cada aluna. Todas passaram grande parte da manhã a conceber e executar um look natural. No final, o Miguel avaliava e sugeria pequenas correcções a cada uma.



Quando todas estavam prontas, as modelos eram vestidas pelas estilistas e o penteado era feito pelo Miguel. No exterior, na Avenida, as fotógrafas Patrícia e Pietá guiaram as modelas numa sessão fotográfica de ambiente urbano casual, para testar a qualidade pictorial do trabalho das alunas.



Os mais curiosos podem espreitar o resto da história e dos desenhos aqui!

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Metro

Quando passo algum tempo sem colocar desenhos é mesmo porque às vezes me dá preguiça de os digitalizar... mas o desenhanço destes passageiros é praticamente diário, portanto aqui ficam mais alguns.





Barra de Faro


St.ª Apolónia, Lisboa Oriental

Museu Militar, esferográfica preta e aguarela, 15 nov 2017.

Estação de St.ª Apolónia, esferográfica preta e aguarela, 15 nov 2017.


Florença



Fiesole - a 7km de Florença numa das muitas colinas e com uma vista sobre quase toda a cidade. Um daqueles locais a que volto todas as vezes que vou a Florença.

DESENHOS DE AEROPORTO

Aeroporto de Madrid no passado mês de setembro.

Uma comida boa para o regresso da chuva!

E como diz a Filipa "comam bem e sejam felizes"!

DESENHAR POR DESENHAR

O primeiro domingo do mês está a chegar e traz com ele mais um Desenhar por Desenhar. 
Desta vez vamos desenhar a  Alameda Afonso Henriques, em Lisboa.
O encontro será às 15h no quiosque que se encontra no topo oriental, junto à Fonte Luminosa. 
A estação de Metro é a Alameda, onde se cruzam as linhas vermelha e verde.
 Motivos para desenhar não faltarão! Apareçam, mas não se esqueçam de um bom  agasalho!

Desenho de Filipe Pinto                                                    Domingo, 3 de dezembro, das 15 às 17h30

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

TRAÇO 17

Arco do Miradeiro - Elvas

Torres Vedras: um desenho de cada vez III

Largo e Igreja de S. Pedro. Para mim, um dos espaços mais bonitos da minha cidade.



Urban Glass

Na cold shop há trabalhos que envolvem águas, esguichos, poeiras e nuvens (e muito barulho).
Há quem se vista a preceito, com avental e roupas todo o terreno. E que não faltem as stars and stripes.

Lojas tradiccionais Ourivesaria Sarmento Rua do Ouro


Igreja de Santa Isabel, desenhar Campo de Ourique



Florença




Um Museu que não conhecia e que percorri com gosto e pausadamente.

Igreja Santa Isabel, Campo de Ourique, Lisboa


Batalha do Vimeiro


Em 1808, o Grande Armeé de Napoleão, sob o comando de Junot, apontava as miras à vila do Vimeiro, para estabelecer uma rota de abastecimento marítima através de Porto Novo. As probabilidades estavam contra os Franceses, as brigadas Anglo-Lusas sob Wellesley eram superiores aos invasores. Os ataques descoordenados dos Franceses encontraram uma rápida derrota, terminando a primeira invasão Francesa de Portugal.


209 anos mais tarde, os Oeste Sketchers alinhavam os cadernos nas ruas do Vimeiro, enquanto os canhões ribombavam e as fileiras de mosquetes Franceses, Britânicos e Portugueses espalhavam fogo e fumo. O grupo de recreação histórica Associação para a Memória da Batalha do Vimeiro transportou toda a gente no tempo, trazendo infantaria ligeira e pesada, atiradores de precisão e artilharia à pequena vila do Oeste para recrear a notória Batalha do Vimeiro. A carnificina durou até à rendição dos Franceses nos degraus do adro da igreja.

À tarde, na feira oitocentista no topo da colina, desenhadores e soldados bebiam cerveja e confraternizavam à vista do acampamento e do campo de batalha histórico. Os soldados nunca saíram dos seus papeis e levaram toda a recriação muito a sério, enquanto relaxavam vestidos nos seus uniformes de polícia, o uniforme usado quando não em combate. Estavam presentes o 19º de Infantaria de Cascais, o 6º de Caçadores do Porto e o 32º de Infantaria Francês.


Em tempos de paz, artesãos e músicos prosperam – os Manuk e os ZaraGaitaS tocaram umas canções celtas e eu arranjei este caderno Libreto muito alto de uma talentosa artesã cigana.