Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.


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domingo, 27 de dezembro de 2015

Timor



A 13 de agosto passado, eu e a Ketta estávamos em Díli, Timor-Leste, terra onde a Ketta nasceu e que já foi um dia dos portugueses (como é possível termos chegado ali tão longe!?!?!).

As primas da Ketta queriam vir sempre connosco desenhar, pelo que decidimos dar uns workshops de diário gráfico para elas se entusiasmarem. O primeiro exercício foi lançado pela Ketta. Estávamos junto ao mar e a linha do horizonte via-se muito bem. Ela, em vez de falar da famosa linha que nos ajuda a todos a compreender a perspectiva, decidiu pedir para fazermos uma mancha azul na parte de baixo do caderno. Quando a aguarela secou disse-nos a todos: "estão a ver o limite superior da mancha azul? É uma linha horizontal que se chama linha do horizonte. Se repararem bem, vão ver que os mastros dos barcos se cruzam com ela em diferentes alturas. Agora é só desenhar".

Achei brilhante esta forma de explicar aquilo que eu faria com teoria primeiro e só depois com prática...

O segundo exercício passava por aproveitar os restos de tinta azul que tinham sobrado da primeira mancha (os recursos eram escassos). Salpicámos à balda as páginas dos cadernos e depois fomos à procura de conchas na praia. O resto, acho que dá para perceber...


Saudades de Timor...

2 comentários:

Suzana disse...

que bonitos ficaram os dois exercícios!

Fernanda Lamelas disse...

Grande professora e grande aluno!