Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.


Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

USKP na Rua Augusta - Preview

Para abrir o apetite, aqui fica um registo do que se anda a fazer nas Belas-Artes.
É já esta 4ª feira às 18h00! Apareçam.

fotografia: Pedro Cabral

Caderno da Russia

Fui a São Petersburgo em Outubro. A maior parte da viagem senti-me como um peixinho dentro de um aquário, a ver tudo de um autocarro... mas no fim de semana libertaram-nos e fomos vaguear pelas ruas.



LONDRES



Vista do quarto 512 do Queen´s Park Hotel em Queensborough Terrace.

Serra d'Arga

Serra d'Arga
Serra d'Arga
Serra d'Arga
Serra d'Arga
Este fim-de-semana andei pela Serra d'Arga com o objectivo e percorrer as três Argas: Arga de São João, Arga de Baixo e Arga de Cima.
Cerca de 4 500 hectares (o que corresponde a 4 500 campos de futebol) da Serra d’ Arga fazem parte da Rede Europeia Natura 2000. Esta Serra encontra-se em território de quatro concelhos: Caminha, Ponte de Lima, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira. Contudo, o concelho de Caminha é aquele que possui em melhor estado de conservação, quer o património natural quer o seu património humano (cultural, etnográfico, histórico e arquitectónico), encontrando-se muito bem representado pelas aldeias pastoris conhecidas pelas “Argas”: Arga de S. João (onde está o mosteiro de S. João d’ Arga), Arga de Baixo e Arga de Cima. Estas três freguesias caminhenses possuem no seu conjunto cerca de 175 habitantes, com idades em média compreendidas entre os 50 e os 65 anos, possuindo apenas 5 alunos na Escola Primária. (em Celtas do Minho)

Serra d'Arga, Caminha, Portugal, 29.01.2011

(Re)descobrindo Aveiro



Há uns largos anos que não ia a Aveiro. Foi com prazer que aí passei uns dias e aqui fica um dos muitos desenhos que lá fiz no meu caderno Laloran que iniciei e acabei no mês de Janeiro. A continuar assim, com a crise, vou à falência! ;)

A Ria junto à Universidade. Canetas de feltro Pitt Faber-Castell.

Instantes de rua 2

Pessoas a caminhar e um pormenor de jardim zoológico.


Porta-Aviões USS Enterprise...

...atracado no rio Tejo.

Telhado na Lapa



Finalmente! Depois de umas semanas de desespero, arranjei uns 15 minutinhos de espera no carro e aproveito para enviar já.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Irish Postcards - vol. 03

Entre 362 e 175 anos a.C., na fronteira dos reinos de Tuath Cruacháin e Tuath na Cille, um corpo foi arremessado para uma turfeira. Ou o que sobrava dele.

Conhecido como o Homem de Oldcroghan (Oldcroghan Man), foi descoberto em Maio de 2003 durante a abertura de um canal de drenagem no condado de Offaly, República da Irlanda. Sabe-se que terá morrido com cerca de 25 anos. Sabe-se também que teria cerca de 1,90m. Dizem-nos as suas mãos pouco marcadas que terá sido poupado a grandes esforços físicos. Dizem-nos as suas unhas que terá subsistido durante os seus últimos quatro meses de vida com uma dieta à base de carne. E - dizem-nos os conteúdos estomacais - terá tido uma última refeição de cereais e manteiga.

Na Irlanda da Idade do Ferro, os sacrifícios humanos eram parte importante das culturas locais. Frequentemente associados a consagrações régias, simbolizavam o vínculo do novo rei com as divindades veneradas. Eram depositadas ao longo das fronteiras do reino oferendas como armas, alfaias agrícolas ou mesmo alimentos. Mas não só.

Homem de Oldcroghan (362-175 a.C.) - National Museum of Ireland - Archaeology

O Homem de Oldcroghan morreu trespassado no peito - não sem antes ter sido atingido num braço enquanto se tentava proteger. O seu corpo foi decapitado, o tronco separado do abdómen e os mamilos decepados. Sugar os mamilos mutilados de um rei era um ritual de submissão corrente à época - talvez o Homem de Oldcraghan fosse um rival, deste modo humilhado e marcado como indigno de reinar. Ou talvez apenas a pessoa errada no local errado na altura errada. Uma vez morto, os braços foram trespassados por cordas - talvez para prender lastro e manter o corpo no fundo da turfeira, talvez como marca tabu - e deixado na fronteira dos dois reinos vizinhos.

Repousou mais de dois mil anos na turfeira, onde as condições ácidas e a ausência de oxigénio permitiram uma preservação magnífica do Homem de Oldcroghan. As mãos conservam as impressões digitais. As entranhas, vestígios da última refeição. E o seu corpo mutilado revela-nos mais uma faceta de uma cultura que tinha tanto de rica como de cruel.

Instantes de rua

Exercício que serviu para contrariar o habitual traço mais cuidado e demorado.


EN2

Um feliz acaso: no dia seguinte a receber o magnífico livro do João Catarino, EN2, apercebo-me que circulava pela N2, perto de Vila de Rei. Não resisti a fazer um desenho do marco da estrada.

Mão



Como já aqui foi dito, é sempre importante ter no nosso diário gráfico o desenho de uma mão a desenhar. Aqui vai a minha versão.

Polo Novo, Bloco Novo



Acabadinho de comprar, este bloco serviu de pano de fundo para o desenho do novo polo de aulas do externato Ribadouro. Um espaço que prima pela modernidade e excelentes condições. Bloco Novo, Polo Novo.

Descanso por fim



No final de um exame de Geometria Desritiva, e uma vez que nao podemos abandonar a sala infelizmente, aproveita-se para descançar a cabeça de tantos planos, traços e interseçoes. Um desenho daqueles que ainda não tinham acabado.

Parque


As casas que rodeiam o parque D. Maria II, em Santo Tirso.

Um bom sitio para estar entre amigos




Aqui estão imagens de promenores de um bar com um ambiente espetacular, extremamente acolhedor, a fazer lembrar os pubs ingleses. Situado em Santo Tirso, o bar Del'Rock é um óptimo sitio para estar entre amigos, e onde tenho passado imensas horas ultimamente

Casa da Música





Já foi á algum tempo. Estes esboços foram feitos para um trabalho de grupo que consistia em fazer um roteiro - o nosso tema era a música, e como tal era indispensável apresentar o famoso metriorito, a Casa da Música do Porto. Gostei imenso do resultado, estes são os melhores esboços e aqueles de que mais gosot.

Ribeira



Após alguns meses sem publicar o que quer que fosse - peço imensas desculpas - aqui vai um desenho feito de uma das paisagens que eu considero mais bonitas. Numa sexta á tarde, e com uma boa companhia, deu nisto.
Dia 25, Janeiro no aniversário do Vicente fomos celebrar da melhor maneira: uma bela jantarada. Um relógio de cuco continua a bater cada hora como se o tempo não passasse.
Não passa para nós, pois, apesar dos anos, continuamos jovens e amigos, a desenhar e a dizer parvoices que nos fazem ter o melhor remédio para manter a juventude: Rir.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Bar na praia das Avencas


Perto, longe e vice-versa

Contradição seria não usar o corpo todo.
Como os Urban Sketchers bem sabem (e praticam), além da mão e dos olhos, também as pernas são amigas do desenho.
No Natal ofereceram-me um caderno de cartolina preta. Com ele vinha um lápis esbranquiçado, mas tem resultado melhor desenhar com corrector. 

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Challenge das contradições


"Haverá algo mais verdadeiro do que ser pessoa entre a multidão?"
Gosto de desenhar plantas. São como as paisagens. "Não se mexem e não reclamam do resultado final", como diz o Eduardo. Elas são fantásticas. Sustêm a sua beleza em silêncio. Não precisam ser elogiadas para se sentirem livres. São o que são e pronto. Em conjunto são extraordinárias. Com o mesmo sol que brilha sobre todas, cada uma procura a melhor posição para fazer sobressair as suas cores. Mas, em conjunto, quase não damos por elas. Parecem todas iguais, não acham?

Haverá algo mais doloroso do que sentir a solidão entre as pessoas?
No entanto, brilham no recanto de um jardim ou na varanda de um prédio como se fossem únicas. Porém, a beleza de cada planta é efémera quando se encontram com outras espécies. Há um luta de território para expandir a raiz. Para procurar um lugar ao sol. Para sobreviver...

Existem diversas plantas da mesma espécie espalhadas por aí... e nem damos conta delas, convencidos que, por serem plantas, são todas iguais!

Pelas Arribas da Praia das Maças.

Diários Gráficos em Almada

Estão todos convidados para a exposição “Diários Gráficos em Almada. Não somos desenhadores perfeitos”, com 30 autores de áreas diferentes, 434 cadernos originais, mais de 600 imagens, impressas e projectadas, além de textos e filmes sobre a actividade deste tipo de desenho. Inaugura amanhã, dia 29 de Janeiro às 17 horas, no Museu da Cidade. Até 16 de Abril.

Podem para já ver o catálogo da exposição.

Eduardo Salavisa. Almada

Aquela exposição






Fui aquela exposição do corpo humano, a semana passada no porto. 4 horas e muitos gatafunhos mais tarde... estes foram os que eu mais gostei.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

contradições estratégicas

o fechamento das fronteiras da união europeia/ globalização dos fluxos de mercadoria e capital.
dinheiro e bens, tudo bem. parece que pessoas é que não.




desenhos no parlamento europeu, num debate pelo direito à mobilidade humana e ao acesso dos migrantes indocumentados à saúde. Dez. 2010.

Exposição uskp na rua Augusta



Inauguração dia 2 de Fevereiro às 18h00.
Os urbansketchers-portugal na rua Augusta.

challenge xxxviii - o homem que gritava "gooolooo" nas repetições

Enquanto preparava as minhas aulas no café, este senhor rejubilava com golos marcados minutos antes. Não é uma contradição: é mais uma parvoíce humana.

High Brow chair


Assim que cheguei a High Brow e entrei em casa, olhei para este cadeirão e pensei: quando estiver a chover e um frio dos diabos não me escapas.

Desenhei-o duas vezes. Esta foi a primeira e acho que foi a que saiu melhor...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Challenge XXXVIII - Teus Olhos São Peixes Verdes

Em 2007, fiz uma exposição em Monsaraz «Teus Olhos São Peixes Verdes»,
baseada num excerto dum poema do Eugénio de Andrade:

«Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.»


Numa de ouvir relatos de futebol.

Nautibar

Nautibar
Nautibar
Gosto muito deste espaço. Mas parece-me que a média de clientes diária é 1…
Nautibar, Ofir, Portugal.
Perfil

Sketchcrawl Barreiro - Resultados

Num sábado bem gelado, decorreu o encontro de desenho Sketchcrawl, com a participação de 13 pessoas.
Fomos para a zona histórica do Barreiro e a partir daí começámos a desenhar.

Fiquei com os dedos gelados e a mão não respondia muito bem ao desenho, mas ainda saíram alguns sketches. Ainda não digitalizei o meu desenho, mas apresento as fotos do encontro.




As fotos e os desenhos encontram-se no fórum Sketchcrawl.

Mais uma vez agradeço a participação deste grupo e do convívio proporcionado numa fria manhã de Janeiro.