Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.


Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Homenagem número catorze

Peço desculpa a todos por partilhar aqui uma homenagem a uma pessoa que me é muito especial. Espero que me perdoem..
Não é a minha, mas gostei de passear por lá: A baía de cascais.

Amarante

Amarante, Igreja de São Gonçalo
Amarante, Ponte Velha e Igreja de São Gonçalo
Na semana passada andei pelos lados de Amarante. Recomendo… não só o Museu Amadeo de Sousa Cardoso, mas também toda a zona histórica e as margens do Rio Tâmega. Aqui ficam alguns registos da Igreja e Convento de São Gonçalo, e da Ponte Velha.

Challenge XXIX


"desenha a tua rua"
em breve será a minha rua...

Challenge XXIX

É a rua mais mal frequentada da zona, pelo menos daqui, de onde a desenho. É a "chungaria" de Lisboa levada ao extremo... Alguém reconhece?

CHALLENGE XXIX

Tão simples quanto isto.


domingo, 29 de agosto de 2010

Lisboa! Do castelo avisto o Panteão. No bloco quadrado A paisagem ilumina ambas as páginas.
Após a morte, pergunda-se! Há Vida! quantos dos que estão no panteão já morreram verdadeiramente? Quantos do que após uma vida dedicada a uma boa causa, por mais pequena que seja, morreram? Não conheço nenhum! Quem falou que há morte?

Maçã envenenada

Um desenho feito a partir da extraordinária obra da artista Paula rego, a maçã envenenada o veneno a morte, feito por alturas de Maio.

Pousada da Juventude

Pousada da juventude
Fão, Portugal, 8.2010

sábado, 28 de agosto de 2010



Caminhei até ao cemitério dos Prazeres! Procurei o mausoléu do Duque de Palmela, mas não consegui passar deste portão. Para ver e desenhar as estátuas de Canova, TeixeiraLopes e Calmels só com marcação e eu não me tinha lembrado deste pequeno pormenor!

Challenge XXVIII




Rosas murchas/mortas

Challenge XXVIII, desenhar a morte

Teixeira de Pascoaes
Miguel Torga
Desenhos de dois bustos expostos no Museu Amadeo de Sousa Cardoso, em Amarante. Aqui fica o meu contributo o challenge… Duas representações que representam a morte mas que, ao mesmo tempo, celebram a vida destes sujeitos, Miguel Torga e Teixeira de Pascoaes.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

à conversa


Challenge XXVIII - ossos do Guadiana

Estes ossos foram encontrados nas margens do rio Guadiana em saídas de campo organizadas pelo professor Pedro Salgado, ilustrador científico.

No Pulo do Lobo encontrámos uma colecção de ossos espalhados. Montámos o puzzle e conseguimos um esqueleto de ovelha quase completo! Registei-o no caderno e a Erica foi para casa com um saco de ossos.

Numa segunda saída de campo ao Guadiana foi a vez de desenhar um crânio de javali.

Challenge XXVIII


Crânio de cabra encontrado no Parque Natural do Douro Internacional, perto de Picote. Cada vista foi desenhada numa página do caderno. Fiz a composição com tudo junto para se perceber melhor a relação das vistas.

Challenge XXVIII - gin tónico à beira da piscina

represento a morte enaltecendo a vida
e os bons momentos.

Com Caneta e Aguarela

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Crânios pré-históricos



Se o espírito destes nossos antepassados foi para algum lado não sei, mas os seus restos mortais estão no Museu Geológico.

CHALLENGE XXVIII_DESENHAR A MORTE_1



ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE...

Duas mãos: uma prostrada e a outra conduzida. Esta última recai sobre a actualização legal da mobilidade dos invisuais com o apoio dos cães guias.
Outrora, era vedada aos animais a sua circulação em recintos importantes como por exemplo, no aeroporto. Porém, actualmente, são inseparáveis até no interior das cabines dos aviões.
Contudo, muitas vezes injustificadamente, essas criaturas continuam escorraçadas em alguns locais públicos mesmo sabendo serem animais de estimação e como tal, terem aspecto de serem acompanhados, cuidados e asseados. Não pedem muito: apenas umas migas de pão, alguma atenção e são fiéis até à morte.

CHALLENGE XXVIII_DESENHAR A MORTE_2


O ABUTRE – Atrás da fome, a um passo, vem a morte (rescaldo social e não só…)

CHALLENGE XXVIII_DESENHAR A MORTE_3


Afinal, o que é a morte? É a passagem da última agonia seguido do sono profundo. É uma dor que se sente apenas no organismo. É um suspirar profundo mal acabe o sofrimento físico.

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JOHNNY OFF. O catalogado

CHALLENGE XXVIII_DESENHAR A MORTE_5


Nesta fase, tudo entra em decomposição. Então, depois a massa desaparece. Resta o esqueleto que também desintegra-se com o tempo e circunstância. Fica o vácuo: do corpo e na alma dos que por cá ficam. Do espírito dos que foram, é uma outra interpretação (para lá, ignoro se existirá o tormento de Tântalo), mas parece-me que tudo termina aqui nesta vida.

CHALLENGE XXVIII_DESENHAR A MORTE_6


Por último e de modo desapegado, para não continuar com cara fúnebre: quando acontece esse dia fatídico? Nem sempre é possível determinar, mas lá está escrito o destino da Zeta (sussurraram-me ao ouvido). E pronto acabou-se a história e aguardemos com fé!

domingo, 22 de agosto de 2010

Challenge XXVIII


Quando fui à Costa Rica o que havia mais para desenhar era natureza mais especificamente animais, no corredor de um dos hoteis encontravam-se os mais fantásticos insectos mortos.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Museus de Lisboa - vol. 02

O Museu do Oriente é bastante recomendável para quem queira desenhar - para ser perfeito (para o desenho) talvez lhe falte um bocadinho de luz. Tem também uma característica particular - à sexta-feira encontra-se aberto das 18 às 22h, e gratuitamente. Um edifício agradável, um espólio muito interessante, um horário permissivo - e entrada gratuita, são razões mais que suficientes para uma visita, desenhadoira ou não.

Pormenor de polvorinho (Índia do Norte, séc.XVII), pormenor de colcha (Bengala, séc.XVII) e barra de tinta em forma de crucifixo (China, séc. XIX-XX)

Numa dessas sextas-feiras, combinei com a Catarina França ir até lá desenhar. Ia particularmente interessado em ver e desenhar peças de artesanato Timorense. E por ali fiquei entretido de volta das esculturas.

Fakut lulik, itara, odamatan, an makerek (Timor Leste, séc.XX)

As quatro horas passaram num ápice, e só nos apercebemos da passagem do tempo quando um segurança gentilmente nos alertou para o encerramento do museu - e que era tempo de sair.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Challenge XXVlll

A memória é a única coisa que permanece depois de deixarmos este mundo.

Challenge XXVIII - desenhar a morte


...a unica morte,a vida que não foi vivida...(Almada,dixit)
No dia 16 de Agosto,o meu pai faria 96 anos.Gostava de desenhar e pintar.
Na vespera vi que o Challenge tinha como tema a morte.
Envio um postal feito pelo meu pai especialmente para o meu aniversário, em 1995 e um desenho do cimitério,feito ontem, com flores que levei.
Dez anos após a sua morte(2000),a sua alegria e força de viver continuam presentes.
Um sketcher da Maria Celeste

Arts & Crafts market - Savannah

Every first weekend of the month, Savannah comes to the River Street in an Arts & Crafts market.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Challenge XXVIII

Atravessei Monsanto a caminho de Belém. Vi um esquilo morto. Pensei parar para o recolher, mas não parei. No regresso tornei a atravessar Monsanto. Por outra estrada. Vi um esquilo morto. Desta vez parei para o recolher, desenhar e posteriormente entregar no Museu Nacional de História Natural.


Esquilo vermelho (Sciurus vulgaris), encontrado morto no Parque Florestal de Monsanto


Encontrar dois esquilos mortos no mesmo dia pareceu-me extraordinário (se calhar nem é), e enquanto matutava sobre isto lembrei-me da existência deste desafio. Provavelmente não pararia para desenhar um cão morto. Ou um gato. Muito menos uma pessoa - ou melhor, pararia claro, mas não desenharia.

Como se desenha a morte então? Arbitrariamente. E com pruridos. E de várias maneiras possíveis. Esta é das (a?) mais terra-a-terra. Parece-me que foge ou apenas tangencialmente toca o tema proposto. Mas de certa forma, e pessoalmente, responde-o. Não sei se é só isto - suspeito que seja só isto. E que acaba assim.

Em casa


Uma morte recente.


Picou-me o rabiosque e ficou a tremelicar, até que parou. O que vale é que eu tinha a água do mar para aliviar a dor!